quinta-feira, 21 de julho de 2011

Professorado se sente humilhado e enganado por governo

A greve do educadores termina da pior forma possível. Nos últimos dias o governo alimentou uma expectativa muito grande, seja pelo site oficial, ou pela imprensa, de que apresentaria uma proposta satisfatória para os professores.
O que se viu no dia de hoje (ontem), foi um total desprezo pela educadores, quando não apresentou nada de novo e ainda vetou a presença na audiência dos parlamentares, deputada federal Fátima Bezerra (PT), deputado estadual Fernando Mineiro (PT) e senador Paulo Davim (PV).
Com estas atitudes, o governo sepulta a possibilidade de um grande pacto em defesa da Educação.
O estado de ressentimento, de frustração, traição e de revolta é muito grande.
A decisão da categoria é de se manter mobilizada, para desmacarar esta grande farsa, que é este Governo Rosalba Ciarlini (DEM).
Até que tudo cesse, nós não cessaremos!!!!
Rômulo Arnaud – Webleitor e dirigente do Sinte/RN
Nota do Blog – Lamentável que parlamentares sejam proibidos de participarem de reuniões como a ocorrida ontem. É algo incomum e delicado, em pleno estado democrático de direito.
Há poucas semanas, os deputados Fernando Mineiro e Larissa Rosado (PSB) não tiveram direito à voz numa reunião comandada pelo secretário Paulo de Tarso. Abruptamente ele bateu à mesa e bradou: “Acabou a reunião”.
Fonte:Carlos Santos

PARABENS

sábado, 2 de julho de 2011

JORNAL DE FATO

Ponto para a greveRosalba manda cortar pontos dos professores em greve. Ponto para os grevistas... Duvido muito que ela esteja conseguindo entender a dimensão da estupidez da atitude. Quem tem assessores como a nossa governadora, não precisa de inimigos. Sinto nas falas de Rômulo Arnaud, que é o único líder da greve que consigo escutar aqui no meu reduto em Serra do Mel, onde trabalho com rádio ligado por força do ofício de escriba de província, quando em verdade, em verdade vos digo que preferiria mesmo estar vivendo "sem rádio e sem notícias das terras brutalizadas". É impressionante o quanto Rômulo, este líder sindical, amadureceu. Um jovem que conheci engatinhando nas lutas sociais, quando convivi no mesmo SINTE, com sua irmã Tânia Arnaud, hoje esposa de Valmir e uma das pessoas mais dignas com quem tive a honra de conviver. Impressiona mais ainda a trajetória oposta da governadora. Enquanto o sindicalismo aprendeu, amadureceu, preparou-se, temperou-se nas lides do confronto e da negociação, a governadora e o seu entorno desaprenderam, regrediram, apequenaram-se, empurraram a cabeça num buraco como avestruz e pensam que o corpo está todo protegido. Se Rosalba já não era de negociação quando governou em Mossoró, agora pirou. Acha que ainda estamos nos idos da década de vinte quando se dizia que movimento social era caso de Polícia. Mas que polícia, que uma, a civil, está em greve e a militar está em estado de assembleia permanente, com proposta de deflagrar um aquartelamento, que significa dizer: "estou aqui, mas não estou nem aí". Rosalba foi buscar gente que tinha parado no tempo nos anos 70. Gente de visão obtusa. Gente que se formou politicamente na ditadura, quando só tinha dois partidos, o do "sim" e o do "sim, senhor". Gente que não sabe que os tempos são outros, que a negociação virou regra. Radicalizar só vai provocar a radicalização do outro lado. A Guerra louca de Bush Filho contra o terrorismo só aumentou o terrorismo. Se a imprensa se dignasse a divulgar o que acontece no Afeganistão e no Iraque, saberíamos quão desastrosa é a política yanque naquelas terras. Reagan era o mais anticomunista de todos, mas foi quem negociou o fim da guerra fria e a União Soviética desmoronou depois. Sem Coréia, Camboja, Vietnã, Laos, países africanos e latinoamericanos com seus guerrilheiros românticos inspirados em Régis Debray ficaram sem discurso. Sem ameaça a Cuba e aos outros redutos do sonho do socialismo à força, a URSS ficou sem discurso e teve que assistir a queda do Muro de Berlim, como simbologia da queda do muro psicológico que dividia o mundo em duas ideologias. As ideologias permanecem, mas falta o muro... Rosalba, ao instituir o corte do ponto dos grevistas institui o muro: a motivação, o ânimo, reforça o discurso dos líderes grevistas e perde o elo com os pais e os alunos, pois sem receber os salários os professores se desobrigam de repor as aulas, o que significa dizer que a governadora está decretando a morte do ano letivo. Isso depois de vermos na TV alunos declarando que desistiram do vestibular. A secretária de Educação deve estar angustiada com a decisão radioativa, estúpida e inválida. Mas... Está lhe faltando dignidade, coisa que nunca lhe faltou antes, para ter coragem de dizer à governadora que não vai ser "carrasco dos professores". Que vai sair antes de enterrar a sua ilustre biografia num Centro Administrativo que não centraliza nem administra mais coisa nenhuma. Rosalba está numa encruzilhada. Ou acorda, ou a... Corda. Assim como caminha, o autoenforcamento é inevitável!
110 crimes de morte
Ontem no rádio reclamava-se do desastre dos 109 crimes de morte somente em Mossoró neste ano da (dês)graça de 2011. De repente, o repórter de rua anunciava que mais um mossoroense caminhava em busca do Tarcísio Maia, ferido quase no "pingo da mei dia" na "chuva de balas" que rega de sangue o chão turoniano das terras de Fuão Pinto. Mais uma intervenção para dizer que a ambulância do Samu não teria tido tempo de chegar ao hospital, a vítima tinha ido a óbito.
Esta é Mossoró, intitulada ontem pelo diretor da Rádio Difusora, Paulo Linhares, de "O Iraque do Nordeste". Terra do petróleo, da violência e que, se não tem um Saddam no poder, mas tem o sadismo reinando. Onde não tem um Kadafi, mas já contabiliza 101 cadáveres...

240 casos de calazar
Mossoró também já tem outra estatística espantosa. Ontem chegou aos 240 casos de calazar em cães. Oito em seres humanos. Já não basta tanta gente levando vida de cão. Agora também nos oferecem morte de cachorro.


Fonte: Wilson Cabral

Só Pra Contrariar

Nas nuvens
Tem impressionado a quantidade de pousos e decolagens de determinadas aeronaves oficiais, no Aeroporto Governador Dix-sept Rosado – Mossoró, nos últimos meses.
Às vezes, o vaivém entre Natal e Mossoró é frenético.
Necessariamente, não é preciso que haja algum compromisso oficial em Mossoró ou região. Basta a vontade de ir e vir, levar e trazer compadres, familiares etc.
Queimar querosene de aviação com o dinheiro alheio é muito bom.
Bom demais.
Decifra-me ou te devoro.
Fonte: Carlos Santos

Seis meses que não devem ser esquecidos

Chegamos a seis meses, exatos, de Governo Rosalba Ciarlini (DEM). Um período que até poderia ser esquecido. Mas não é recomendável que passemos uma borracha nesse tempo.
As experiências do período podem servir e muito para o futuro, não apenas ao próprio governo, como à sociedade, que hoje se sente ludibriada em sua boa-fé. Até o momento, o governo não fez acontecer.
É um amontoado de equívocos, disparates, disse-me-disse, imobilismo e propaganda enganosa.
A crise veste "rosa" no RN
Promove um estelionato administrativo, vendendo gato por lebre e tenta convencer a opinião pública de que toda essa barafunda é culpa de antecessores.
A “síndrome do retrovisor”, como este Blog denominou há meses, gradualmente vai se enraizando mais e mais. O “complexo de transferência de culpa”, como queira, até explica em parte tamanha apatia, mas não justifica essa mediocridade cor-de-rosa.
Um semestre já se foi; o ano ganha velocidade para o fim. O Rio Grande do Norte está praticamente parado ou funcionando por seu metabolismo próprio.
Há tempo e meios para virar o jogo. Basta mudar de mentalidade e método. O simples transplante do “kit” gerencial e político adotado na Prefeitura de Mossoró, não emplacou no governo estadual.
O Estado não é a Prefeitura de Mossoró e o Rio Grande do Norte não é Mossoró!
Fonte:Carlos Santos

segunda-feira, 27 de junho de 2011

NA CONTRA MÃO DA HISTÓRIA

 

O governo do DEM faz caixa, aposta numa administração obreira, obras  com dinheiro no caixa sai perto das eleições, limpa a barra dos governantes, mas Wilma fez grandes obras, a maior de todas as obras no nosso estado,  a ponte da Redinha, todos os dias 20 mil natalenses contemplam a primeira maravilha do Rio Grande do Norte, Wilma desagradou ao funcionalismo, deu aumento no final do segundo tempo, evitou greve, mas não teve o voto do funcionalismo, Rosalba já entrou querendo derrubar direitos e conquistas, sonhos de muitas categorias que esperavam há anos, o governo não conseguiu impor o discurso do estado quebrado, depois não conseguiu convencer que não pagava porque não havia dinheiro, para piorar o governo pediu a justiça a ilegalidade da greve da policia civil, teve a sua primeira derrota na justiça, a greve da policia civil é legal, se esta greve é legal, por isonomia todas as greves do estado também são legais, o governo ameaçou corta o ponto, se corta vai ter que pagar obrigado pela justiça, se não corta todos vão ficar sabendo que foi apenas uma ameaça que não deu certo, o governo está emparedado pelo movimento grevista, ou paga os reajustes que estão na lei e desiste das obras ou faz as obras e não vai conseguir fazer o feijão com arroz que os outros governo fizeram na saúde, na educação e na segurança, todos esperavam sacrifícios no iniciou, agora o desmonte do estado não, o estado passa pelo pior momento da sua história, o tempo passa e o governo em vez de acertar o passo erra mais, está difícil fazer acontecer como foi prometido.
Fonte: wilson cabral - 

terça-feira, 21 de junho de 2011

"REMANSO DA PIRACEMA", POR FRANÇOIS SILVESTRE

François Silvestre


Fonte: Honório de Medeiros


                   Frederico de Deus Perdoe está incorporado, definitivamente, ao acervo que obras literárias marcantes constroem lentamente, ao sabor do tempo, dos lugares, e das circunstâncias, no imaginário das pessoas, por que é ele um observador engajado de si, dos outros, e das coisas, que vão ressurgindo – seja no viés alegre que a primeira leitura dos seus relatos exponha; seja no viés melancólico que surge quando mergulhamos em uma releitura – via articulados engastes frasísticos, esteticamente surpreendentes, expressos em sínteses vestidas de paradoxos estilísticos.

                   Não somente por isso; não somente pela forma. É ele, Frederico, o fio condutor enquanto narrador de uma estória na qual a humanidade se apresenta por inteiro em seus detalhes, pois em cada um deles está o todo: não importa quando, não importa como, não importa por que, se eu descrevo minha aldeia, ou minha saga, descrevo a terra inteira. Se eu disser um homem, digo toda a humanidade.

                   Frederico vive episódios que a crônica oral ou escrita do homem comum condenaria ao esquecimento. Entretanto não ocorre assim quando ele os conta. Se a morte de Dr. Antônio, vítima de ciúme atroz, se torna único pela forma como é contada, levando-nos à sofreguidão pela busca do desfecho; se não é diferente quanto à história da traição da qual é vítima o narrador quando, pela primeira vez surge, em seu bolso, muito dinheiro; se ocorre o mesmo na metamorfose de Nogueira, há muito mais além do relato que uma primeira leitura apresenta.

                  Basta que aprofundemos nossa leitura, por exemplo, nas memórias da tia do narrador. Quanta identidade entre a solidão à qual foi condenada a tia de Frederico pela época, lugar onde viveu, e a de tantos outros. Seria essa solidão algo desconhecido dos homens ao longo de suas histórias? Não. Ao contrário. A solidão de sua tia é a solidão de cada um de nós, fruto do destino comum. Somos todos, cada um e o todo, órfãos de um sentir que a razão não explica, mas o coração sente e o corpo padece. Abandonados à própria sorte, nossa vida não é saga, é fado, por mais que lutemos. Assim, a bela narração de Frederico cativa e magoa, aproxima e transtorna, alegra e entristece por que, em uma justa medida, expressa a dimensão da tragédia de um sentimento individual originado de uma herança comum. Através de Frederico somos mesquinhos e altruístas, santos e demônios, céu mirífico e lama infinda.

                  É preciso ler “No Remanso da Piracema”, a estória de Frederico de Deus Perdoe, seja para o deleite do sentir, seja para o deleite da razão. Mas é preciso ler.